
Perder um ente querido é um momento de profunda dor, e, ao mesmo tempo, traz à tona decisões importantes.
A necessidade de fazer o inventário dos bens deixados pelo falecido se torna uma prioridade, mas muitos hesitam em iniciar esse processo, acreditando que o custo será alto.
A decisão de adiar o inventário pode trazer consequências inesperadas. Muitas famílias descobrem que a falta do inventário resulta em multas por atraso e complicações adicionais no processo de venda e partilha dos bens.
Continue a leitura e entenda mais sobre a importância do inventário na sucessão familiar.
Por que fazer o Inventário
Realizar o inventário é essencial para garantir que a herança seja distribuída de maneira justa e em conformidade com a lei.
Quem nunca ouviu histórias de famílias que brigam por anos pelos bens deixados pelo falecido ou falecida? E isso inclui pessoas famosas. Quem nunca viu uma notícia de briga por bens após a morte de atores, atrizes, cantores?
Aqui estão alguns pontos cruciais que ressaltam a importância desse procedimento:
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Transparência na partilha de bens: O inventário detalha todos os bens, incluindo as dívidas do/a falecido/a, permitindo que os herdeiros compreendam claramente o que está em jogo, o que pode evitar disputas.
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Reconhecimento dos herdeiros: O processo legal formaliza a posição de cada herdeiro, assegurando que todos recebam sua parte da herança, de acordo com a vontade do falecido ou conforme as normas da legislação.
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Regularização patrimonial: Com o inventário, a situação patrimonial da família é esclarecida, possibilitando que os herdeiros assumam o controle dos bens e previnam complicações futuras.
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Evita conflitos: Sem um inventário, as chances de disputas entre herdeiros aumentam. Um processo claro e formal reduz essas possibilidades, promovendo uma transição mais pacífica.
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Proteção ao/a cônjuge sobrevivente: O inventário garante que o cônjuge sobrevivente tenha acesso à parte que lhe cabe na herança, garantindo segurança financeira após a perda do/a parceiro/a.
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Gerenciamento de dívidas: O inventário também aborda as obrigações financeiras do falecido, evitando que os herdeiros herdem dívidas não resolvidas.
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Cumprimento de prazos: A realização do inventário dentro dos prazos legais é vital para evitar multas e complicações adicionais. O inventário deve ser aberto dentro de 60 dias após a morte, ultrapassado esse prazo é aplicada a multa.
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Opção pelo Inventário Extrajudicial: Graças a inovações na legislação, é possível realizar o inventário de maneira extrajudicial, que costuma ser mais rápida e menos onerosa, desde que haja consenso entre os herdeiros.
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Inventário Negativo: Caso não haja bens a serem inventariados, é possível realizar um inventário negativo, que formaliza a ausência de bens e evita complicações futuras.
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Venda de bens antes do Inventário: A venda de bens antes da conclusão do inventário pode ser problemática e, em alguns casos, pode anular a partilha correta dos bens. Por isso, é essencial seguir o processo adequado. Há casos que precisam ser avaliados.
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Seguro de vida: O seguro de vida pode facilitar o processo de inventário, já que os valores recebidos podem ser usados para cobrir custos e dívidas, além de serem destinados diretamente aos beneficiários, evitando que fiquem retidos no inventário.
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Número de inventariantes: O inventário pode ter mais de um inventariante, permitindo que herdeiros compartilhem a responsabilidade e a administração do processo, o que pode facilitar a comunicação e a tomada de decisões.
Advogado Especializado
Contar com a assistência de um advogado especializado em Direito de Família e Sucessões é fundamental para garantir que o inventário seja realizado corretamente e com todas as informações necessárias.
Esse profissional pode orientar sobre os direitos de cada herdeiro, ajuda a evitar litígios e garante que todos os aspectos legais sejam cumpridos, proporcionando segurança e tranquilidade durante um momento tão difícil.
Em suma, o inventário é um componente fundamental no contexto familiar, não apenas como um requisito legal, mas como uma ferramenta que assegura a distribuição equitativa dos bens e evita disputas desnecessárias durante um período já repleto de emoções.
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Dra. Josânia Pretto