8 Razões para fazer o Inventário

O inventário não é apenas um requisito legal, mas uma ferramenta vital para garantir a justa distribuição do patrimônio.

Maria foi casada com José, por 22 anos. Desse relacionamento nasceram quatro filhos e como a maioria dos casais também construíram um pequeno patrimônio.

No ano passado, José faleceu após um ataque cardíaco. Maria e seus filhos se viram com diversas decisões para tomar, entre elas fazer o inventário.

E como boa parte dos brasileiros, Maria achou que o inventário era um custo muito alto e preferiu não fazer.

Porém, passados mais de um ano da morte do companheiro, ela e os filhos decidiram vender um dos imóveis. Foi aí que viram a importância de ter feito o inventário logo.

Agora além da multa por não ter dado entrada no inventário dentro do prazo previsto em lei, eles terão outros trâmites para resolver.

Ao lidar com a partilha de bens após o falecimento de um ente querido, o inventário não é apenas um requisito legal, mas uma ferramenta vital para garantir a justa distribuição do patrimônio.

8 razões

  1. Transparência na Partilha de Bens:

O inventário fornece um registro detalhado dos bens, dívidas e direitos do falecido. Esse nível de transparência é essencial para garantir que a partilha de bens seja conduzida de maneira justa e de acordo com as leis aplicáveis, evitando conflitos entre os herdeiros.

  1. Direito dos Herdeiros:

Ao realizar o inventário, os direitos dos herdeiros são formalmente reconhecidos e protegidos. Este processo legal assegura que cada herdeiro receba sua parcela justa da herança, respeitando a vontade do falecido, se expressa em testamento, ou seguindo as regras de sucessão previstas em lei.

  1. Regularização da Situação Patrimonial:

O inventário é crucial para regularizar a situação patrimonial da família após o falecimento de um ente querido. Isso permite que os herdeiros assumam a posse e a gestão dos bens, evitando possíveis complicações futuras. Como é o caso da Maria e seus filhos.

  1. Evita Litígios Futuros:

A falta de um inventário claro e formalizado pode levar a disputas e litígios entre os herdeiros. O inventário minimiza o risco de conflitos, proporcionando um processo estruturado e legalmente reconhecido para a distribuição dos bens.

  1. Proteção dos Direitos do Cônjuge Sobrevivente:

No Direito de Família, o inventário é crucial para proteger os direitos do cônjuge sobrevivente. Ele assegura que o viúvo ou viúva receba sua cota legítima da herança, proporcionando estabilidade financeira após a perda do parceiro.

  1. Regularização de Dívidas e Obrigações:

O inventário não trata apenas dos ativos, mas também das dívidas e obrigações do falecido. Isso é essencial para evitar que os herdeiros sejam responsabilizados por dívidas não liquidadas, garantindo uma partilha justa e equilibrada.

  1. Cumprimento de Prazos Legais:

A realização do inventário dentro dos prazos estabelecidos por lei é crucial. O não cumprimento desses prazos pode resultar em penalidades legais e complicações adicionais. O inventário adequado, conduzido de maneira oportuna, simplifica o processo e evita transtornos legais.

  1. Inventário Extrajudicial

Com o avanço das leis e a desjudicialização é possível fazer o inventário extrajudicial, em Cartório de Notas, com custos menores e de forma mais rápida. Para isso haverá algumas exigências, como não conflitos entre os herdeiros e a ausência de filhos menores.

Conclusão:

Em resumo, o inventário não é apenas uma formalidade legal, mas uma peça-chave no tabuleiro do Direito de Família.

Além de garantir a justa distribuição de bens, dá a proteção legal aos herdeiros, evita conflitos e proporciona uma transição suave durante um período emocionalmente desafiador.

Ignorar a importância do inventário pode resultar em complicações significativas no futuro.

Por fim, lembre-se que para fazer o inventário é necessário ter um advogado especialista.

 

Dra.: Josânia Pretto